Italiano que tentou estrangular esposa é absolvido por sonambulismo, após tribunal considerar que ele não estava consciente de seus atos.

Italiano é absolvido por tentativa de estrangulamento da esposa alegando sonambulismo

Um homem de 60 anos que tentou estrangular sua esposa durante uma crise de sonambulismo foi absolvido da acusação, nesta quinta-feira (22), pois o tribunal considerou que ele não estava consciente de seus atos no momento do fato. O caso aconteceu durante a noite de 4 de janeiro de 2021 e chocou a pequena cidade de Braone, localizada na região montanhosa da Lombardia, no norte da Itália.

Segundo informações dos meios de comunicação italianos, a esposa do homem foi acordada durante a noite por um ataque do marido, que estava tentando enforcá-la. Ela conseguiu se defender mordendo-o, fazendo com que ele parasse de apertar seu pescoço. Durante o julgamento no tribunal de Bréscia, o acusado repetiu diversas vezes que “não foi intencional, estava dormindo”, buscando justificar sua atitude.

A vítima relatou que, inicialmente, pensou que se tratava de invasores em sua casa, mas ao perceber que era o próprio marido, o viu em um estado de “transe”. O homem, ao acordar subitamente, soltou a mulher e se jogou pela janela do apartamento no terceiro andar, sofrendo ferimentos graves.

Apesar do ocorrido, a esposa não apresentou queixa contra o marido, garantindo que nunca havia sofrido qualquer violência por parte dele. O casal, no entanto, está separado.

Os especialistas consideraram verossímil a versão apresentada, reforçando a tese de que o homem estava de fato sonâmbulo no momento do ataque. A promotoria, por sua vez, apoiou-se nessa conclusão, afirmando que ele não estava consciente de suas ações no momento do ato.

O promotor encarregado do caso, apesar de aceitar a tese do sonambulismo, ainda manifestou dúvidas sobre a abolição total do discernimento e da vontade do acusado.

O caso ganhou destaque nas preocupações com a saúde mental e o sonambulismo, levantando questões sobre a responsabilidade de indivíduos em situações de sono e inconsciência. A absolvição do italiano acende um debate sobre a legislação e a jurisprudência na consideração desses casos.

A absolvição baseada na alegação de sonambulismo abre precedentes para futuros casos semelhantes, abrindo caminho para discussões mais profundas sobre como a justiça lida com atos cometidos durante estados de inconsciência.

Este caso traz à tona questões importantes sobre a saúde mental e a responsabilidade individual em situações de sonambulismo e pode contribuir para levar a uma reforma nas leis relacionadas a crimes cometidos durante o sono.

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