Brasil começa a estruturar proposta para aliança global contra fome e pobreza durante reunião virtual do G20

Brasil estrutura proposta para aliança global contra fome e pobreza

Após três dias de intensas discussões na primeira reunião técnica virtual da Força-Tarefa do G20, o Brasil começa a delinear uma proposta para mobilizar recursos financeiros e esforços internacionais no combate à fome e à pobreza. A previsão é de que a aliança global seja oficialmente lançada durante a cúpula de chefes de Estado e de Governo do G20, prevista para novembro no Rio de Janeiro, sob a presidência rotativa do Brasil no fórum internacional que reúne as maiores economias do mundo, além da União Africana e União Europeia.

Em entrevista coletiva na Casa do G20, em Brasília, o chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Renato Godinho, ressaltou a importância dessa agenda para o governo brasileiro durante a presidência do G20. Ele destacou o compromisso do presidente Lula em acabar com a fome no Brasil e levar essa luta para o mundo, estabelecendo uma aliança global contra a fome e a pobreza.

A aliança global terá como pilares a instituição, o conhecimento técnico e o financeiro. No pilar financeiro, a proposta é que países desenvolvidos, fundos doadores tradicionais e inovadores se comprometam a trabalhar em prol dos países em desenvolvimento na implementação de ações contra a fome e a pobreza. Já no pilar institucional, os países se comprometem a implementar políticas prioritárias, enquanto no pilar técnico, a intenção é aproveitar os conhecimentos existentes a partir de políticas públicas elaboradas internacionalmente.

Durante a reunião, foram discutidas formas de aumentar a produção de alimentos de forma sustentável, fortalecer a resiliência dos países e combater a pobreza. A força-tarefa contou com a participação de representantes de diversas delegações dos países-membros do G20, nações convidadas e organismos internacionais, que apresentaram relatórios elaborados por organizações como Banco Mundial, OMC, FAO, entre outras.

A próxima etapa será apresentar uma proposta mais estruturada do documento de adesão dos países desenvolvidos em uma reunião ministerial do G20 em julho. A expectativa é de envolver parceiros dentro e fora do grupo para financiar e colaborar com a implementação de políticas nos países em desenvolvimento até novembro, quando a aliança global deve ser oficialmente lançada na cúpula do Rio de Janeiro.

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