Ex-presidente Ricardo Martinelli recebe ordem de prisão após perder último recurso judicial por lavagem de dinheiro.

O antigo presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, que está atualmente asilado na embaixada da Nicarágua, recebeu a ordem de prisão preventiva por parte de uma juíza local dentro do processo pelo crime de lavagem de dinheiro, no caso “New Business”. A juíza Baloísa Marquínez enfatizou que há um risco de fuga do ex-presidente. Martinelli perdeu o último recurso para evitar a condenação a quase 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro.

A ordem de detenção de Martinelli foi considerada “uma medida cautelar” de acordo com Alfredo Vallarino, um dos advogados dele, porque o processo ainda está em vigor para vários recursos judiciais. O ex-presidente, que buscou asilo na embaixada da Nicarágua no último dia 7, foi condenado em julho a 128 meses de prisão e a uma multa por lavagem de dinheiro, sentença confirmada por um tribunal de apelações em outubro. A acusação principal contra Martinelli é ter comprado com dinheiro público, em 2010, a maioria das ações da Editora Panamá América, com dinheiro procedente de propinas na realização de obras públicas.

Além disso, Martinelli enfrentará outro julgamento, em julho, por lavagem de dinheiro originado de propinas pagas pela Odebrecht. Apesar de seus problemas com a justiça panamenha, Martinelli é muito popular no país, de acordo com pesquisas. Ele desejaria retornar ao poder nas eleições de maio, mas agora seu ex-ministro da Segurança José Raúl Mulino será o candidato à presidência pelo partido RM, caso Martinelli seja excluído da disputa eleitoral.

A Constituição do Panamá estabelece que pessoas condenadas por um crime doloso a cinco anos de prisão ou mais não podem ser eleitas presidente. O Tribunal Eleitoral pronunciará em breve sobre a candidatura de Martinelli assim que receber a sentença. Martinelli ainda insiste em sua inocência, embora tenha perdido os mais recentes recursos legais contra a sua condenação. Diante desse cenário, o importante é aguardar a decisão final da justiça e o desenrolar dos próximos acontecimentos. Enquanto isso, Martinelli permanece asilado na embaixada da Nicarágua, em uma situação que continua a causar repercussão. O caso promete grandes desdobramentos nos próximos meses.

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