Crianças, adolescentes e mulheres são os mais prejudicados pela crise climática, revela relatório do Unicef em 2023.

Em um cenário de recordes de temperatura sucessivos, 2023 já entrou para a história como o ano mais quente já registrado até o momento. Esta marca histórica evidencia de forma clara a crise climática que assola o planeta e que tem impactos que reverberam de maneira desigual pela população global.

Neste contexto, crianças, adolescentes e mulheres acabam sendo os mais afetados. Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revela que quase metade da população de menores no mundo, cerca de um bilhão de crianças e adolescentes, vive em países com alto risco de sofrerem os impactos da crise climática. Regiões como o Sul da Ásia e África são as mais atingidas, mas países latino-americanos como México e Venezuela também estão sob ameaça.

Não apenas os desastres naturais afetam esses grupos, mas também os impactos indiretos, que interferem diretamente em suas rotinas diárias. A vulnerabilidade desses grupos se dá tanto por questões fisiológicas, como órgãos em desenvolvimento e sistema imunológico frágil, quanto por aspectos sociais, como acesso a recursos naturais, cuidados e proteção.

A educação é um dos setores mais afetados por essa crise, com milhões de crianças tendo suas rotinas de estudo comprometidas por desastres climáticos. O calor excessivo, por exemplo, prejudica o rendimento e a concentração dos estudantes, particularmente em locais com pouca adaptação às mudanças climáticas. O abandono escolar também é influenciado por fatores como a busca por auxílio na renda familiar, responsabilidades domésticas e até mesmo a necessidade de buscar água em regiões afetadas pela crise hídrica.

As mulheres, mesmo sendo as mais afetadas por desastres climáticos, ainda têm pouco protagonismo nas decisões que envolvem a crise climática. A desigualdade de gênero se torna ainda mais evidente nesse contexto, com as mulheres sofrendo mais impactos e tendo menos participação decisória nas políticas relacionadas ao clima.

É essencial que essas questões sejam abordadas de forma mais contundente e que grupos vulneráveis como crianças, adolescentes e mulheres tenham voz e participação ativa nos debates e ações de combate à crise climática. A conscientização e ações efetivas são fundamentais para garantir um futuro mais seguro e sustentável para todos os habitantes do planeta.

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