Na petição protocolada nesta segunda-feira (26), os advogados de Bolsonaro reafirmaram a alegação de que Moraes demonstrou interesse pessoal no caso ao se posicionar como vítima central das supostas ações investigadas. Segundo a defesa, o próprio relatório da Polícia Federal indica que havia um plano para prender o ministro, o que o tornaria parte interessada no desfecho do processo.
Com base nessas informações, os advogados sustentam que Moraes não poderia atuar como relator do inquérito, uma vez que sua posição como suposta vítima o coloca em conflito de interesses. Agora, o pedido de afastamento de Moraes será analisado por Barroso, que poderá reconsiderar sua decisão anterior ou encaminhar a questão para ser debatida no plenário do STF.
As investigações da Operação Tempus Veritatis apontam que Bolsonaro e membros de seu governo, incluindo militares de alto escalão, teriam planejado um golpe de Estado para ser executado após as eleições de 2022. A defesa do ex-presidente contesta os argumentos apresentados e busca garantir que o processo seja conduzido de forma imparcial e justa, livre de quaisquer interesses pessoais por parte dos envolvidos.