O plenário da Corte é composto por 15 ministros, sendo dez oficiais-generais das Forças Armadas e cinco ministros civis, em uma composição mista conhecida como escabinato. Entre os militares estão quatro generais do Exército, três almirantes de esquadra e três tenentes brigadeiros do ar.
Os advogados das vítimas e dos militares, André Perecmanis e Rodrigo Rocca, respectivamente, também estão presentes no plenário para acompanhar o desenrolar do julgamento.
No momento das mortes, Santos estava em um carro com outras quatro pessoas, incluindo sua esposa e filho de 7 anos, a caminho de um chá de bebê, quando foi atacado pelos militares, que alegaram ter confundido o veículo dele com o de criminosos. A perícia apontou que 62 tiros perfuraram o veículo, sendo oito deles atingindo fatalmente o músico.
Macedo, que passava pelo local no momento do incidente, foi baleado ao tentar socorrer as vítimas e, apesar de ter sido levado a um hospital da região, não resistiu aos ferimentos.
Em outubro de 2021, a 1ª Auditoria da 1ª Circunscrição Judiciária Militar condenou o tenente Ítalo da Silva Nunes, responsável pela ação, a 31 anos e seis meses de reclusão, e os outros sete militares a 28 anos. Quatro outros agentes presentes no local foram absolvidos, pois não teriam disparado contra as vítimas. Todos os 12 réus foram inocentados do crime de omissão de socorro.
Durante o julgamento, o Ministério Público Militar criticou a versão dos agentes de que agiram em legítima defesa, argumentando que não houve confronto e que estavam em uma área não conflituosa.
Apesar da sentença determinar a exclusão dos militares do Exército, eles permanecem em liberdade e em seus respectivos cargos até a conclusão desse recurso. Ainda não há previsão para a finalização do julgamento e a decisão final do STM.