O ministro de Minas e Energia, Vicente de la O Levy, comunicou através das redes sociais as novas tarifas de combustíveis, que entrariam em vigor no dia 1º de março. Além disso, também foi anunciada uma nova tarifa de eletricidade para consumidores que ultrapassarem os 500 quilowatts/hora.
Essa medida visa não apenas aumentar a arrecadação de recursos para o governo, mas também incentivar a economia de energia entre os consumidores. No entanto, a população cubana teme as repercussões desse aumento, especialmente em um contexto de inflação crescente que assola o país desde 2021.
O trabalhador autônomo Alejandro Valdés expressou sua insatisfação com a situação, comentando que “as coisas são assim aqui”. O aumento repentino no preço dos combustíveis tem causado um grande impacto na rotina dos cubanos, que já enfrentam uma crise econômica agravada pela pandemia e pelo embargo dos Estados Unidos.
Para o economista Pedro Monreal, o aumento dos preços da gasolina pode corrigir distorções no mercado, mas também terá efeitos colaterais, como a disparidade entre salários e o custo de vida. Com um salário mínimo mensal de 4.200 pesos cubanos, a população terá que se ajustar a essa nova realidade.
Diante do cenário econômico adverso, as autoridades cubanas adiaram algumas medidas de aumento de preços para os transportes públicos e privados, mas motoristas de táxi e ônibus autônomos já começaram a sentir os efeitos desse aumento. Cuba enfrenta hoje uma das piores crises econômicas das últimas três décadas, o que torna ainda mais desafiadora a busca por soluções sustentáveis para reverter esse cenário.