Autoridades israelenses são acusadas de torturar funcionários da UNRWA na Faixa de Gaza, diz agência da ONU.

Ainda repercute a denúncia feita pela agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) de que autoridades israelenses torturaram alguns funcionários após serem detidos na Faixa de Gaza. De acordo com a UNRWA, os funcionários foram obrigados a confessar sob tortura e maus-tratos durante os interrogatórios sobre o ataque do movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro.

Essa acusação gerou um embate entre Israel e a UNRWA, com Israel afirmando que a agência emprega mais de 450 terroristas do Hamas e outras organizações na Faixa de Gaza. Esta polêmica intensifica a campanha israelense contra a UNRWA, visto que a agência desempenha um papel crucial na prestação de ajuda humanitária em Gaza, onde o risco de fome é iminente após cinco meses de guerra entre Israel e Hamas.

A UNRWA emprega aproximadamente 30.000 pessoas nos territórios ocupados, no Líbano, na Jordânia e na Síria, sendo cerca de 13.000 na Faixa de Gaza, que é governada pelo Hamas desde 2007. Os militares israelenses divulgaram áudios que seriam gravações de um terrorista que trabalha como professor de árabe em uma escola da UNRWA. Nesses áudios, o homem relata como entrou no território israelense e afirma ter mulheres israelenses como reféns, capturadas durante o ataque do Hamas que deu início à guerra.

A AFP não pôde verificar de forma independente as afirmações do comunicado do exército israelense, mas a situação continua gerando tensões entre as partes envolvidas. A UNRWA desempenha um papel fundamental na prestação de assistência humanitária aos refugiados palestinos, e a veracidade das acusações feitas por Israel contra a agência ainda precisa ser confirmada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo