Criada em 2013, a Secretaria da Mulher é responsável por coordenar as demandas das representantes de todos os partidos. A coordenadora do órgão, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), ressaltou a importância da estrutura para o avanço das pautas de interesse das mulheres. No entanto, Benedita destacou a necessidade de melhorias na estrutura, como mais assessoria e espaço físico adequado para reuniões.
A baixa representatividade feminina no Legislativo brasileiro também foi discutida, com dados comparativos de outros países da América Latina. Enquanto em Cuba as mulheres ocupavam mais da metade das cadeiras no Parlamento em 2022, no Brasil a representatividade feminina ainda está aquém do esperado. A média mundial de representatividade feminina é de 26,4%, segundo a União Interparlamentar, indicando que a bancada feminina na Câmara poderia ser de 135 deputadas.
Diante desse cenário, as deputadas Benedita da Silva e Sâmia Bomfim (Psol-SP) destacaram as prioridades da bancada feminina. Enquanto Sâmia enfatizou a importância do acompanhamento do processo eleitoral para eleger mais mulheres, Benedita ressaltou a necessidade de discutir pautas raciais, como a violência contra mulheres negras e indígenas.
Em um ano eleitoral, as deputadas estão empenhadas em fortalecer a presença feminina na política e garantir que as mulheres tenham igualdade de condições para participar e vencer as eleições. A Procuradoria da Mulher tem trabalhado em parceria com tribunais eleitorais para estruturar e apoiar as candidatas em suas campanhas.
Com a luta por mais representatividade e igualdade de gênero, a bancada feminina da Câmara dos Deputados busca avançar nas discussões e ações para promover mudanças significativas na sociedade. No Brasil e em todo o mundo, a presença e o protagonismo das mulheres na política são essenciais para construir uma sociedade mais justa e igualitária.
