Governo planeja índice mínimo de eficiência energética em edificações para 2025, visando reduzir consumo de energia no Brasil.

No último dia 04 de março de 2024, o governo brasileiro anunciou medidas que visam promover a eficiência energética nas edificações do país a partir de 2025. Samira Carmo, representante do Ministério de Minas e Energia, ressaltou a importância dos investimentos nesse setor, principalmente em economias emergentes como a brasileira.

Em um debate realizado no Rio de Janeiro, promovido pela Frente Parlamentar de Energia da Câmara dos Deputados, Samira Carmo explicou que, no ano de 2024, o governo vai trabalhar na definição de um índice mínimo de eficiência, inicialmente focando em lâmpadas de led e refrigeradores comerciais. Em 2023, a atenção foi voltada para os refrigeradores residenciais, o que gerou certa resistência por parte do setor empresarial.

Para a representante do governo, ainda há uma cultura empresarial que enxerga os investimentos em eficiência energética como custos, porém Samira Carmo argumentou que cada real investido nessa área resulta em uma economia de R$ 3,40.

Carlos Alexandre Pires, do Ministério do Meio Ambiente, também destacou a relutância da indústria em aumentar seus investimentos nesse sentido. Ele ressaltou a importância de tornar a indústria nacional mais competitiva em nível global, ao invés de focar apenas no mercado interno ou de consumo doméstico.

Além disso, foi mencionado durante o debate que o Brasil possui um grande potencial para ampliar seu consumo de energia, o que reforça a necessidade de tornar o país mais eficiente nesse aspecto. Comparando com os Estados Unidos, por exemplo, o consumo de energia no país sul-americano é cinco vezes menor.

Gustavo Fontenele, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, alertou para a idade média das máquinas e equipamentos industriais no Brasil, que é de 14 anos, com as micro e pequenas empresas apresentando médias ainda mais elevadas. Diante dos compromissos internacionais para combater as mudanças climáticas, será necessário aumentar as taxas de melhoria da eficiência energética anual de 2% para mais de 4%.

Durante a audiência pública conduzida pelo deputado Bandeira de Mello, vice-presidente de Eficiência Energética da Frente de Energia, a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia defendeu a aprovação de dois projetos de lei que estão em análise na Câmara, o PL 3447/21 e o PL 3324/21, que visam promover a eficiência energética no país.

O debate evidenciou a importância de investir em eficiência energética para tornar o Brasil mais competitivo e sustentável no cenário internacional. A busca por alternativas sustentáveis e eficientes é fundamental para garantir o desenvolvimento do país sem comprometer o meio ambiente.

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