Líderes de gangues no Haiti exigem renúncia do primeiro-ministro após fuga em massa de presos e declaração de estado de emergência.

A crise política no Haiti atingiu um novo patamar com a exigência dos líderes de gangues pela renúncia do primeiro-ministro Ariel Henry. A situação se agravou após o governo declarar estado de emergência no país, motivado pela fuga em massa de cerca de 3.700 presos de uma penitenciária invadida por gangues armadas, resultando na morte de pelo menos 12 pessoas.

Gangues armadas têm realizado uma série de ataques desde quinta-feira, visando derrubar o governo de Henry, que está no poder desde 2021 e deveria ter deixado o cargo no início de fevereiro. Os eventos recentes culminaram na invasão de duas prisões, uma em Porto Príncipe e outra próxima a Croix des Bouquets.

O toque de recolher foi instituído para garantir a segurança nacional diante da gravidade da situação. O estado de emergência e o toque de recolher podem ser prolongados, conforme indicado pelo ministro da Economia, Patrick Michel Boisvert, que assumiu a liderança na ausência de Henry.

Os impactos da ação das gangues foram sentidos de forma dramática na Penitenciária Nacional de Porto Príncipe, com a fuga de centenas de detentos e a morte de vários deles. Pierre Espérance, diretor-executivo da ONG Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos (RNDDH), lamentou a situação e destacou a gravidade do ocorrido.

O Haiti, que já enfrentava uma crise política e humanitária desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021, agora se vê diante de novos desafios com a violência das gangues assumindo proporções alarmantes. As autoridades haitianas buscam medidas para controlar a situação e restabelecer a ordem no país, tão impactado pelos conflitos internos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo