Gangues armadas têm realizado uma série de ataques desde quinta-feira, visando derrubar o governo de Henry, que está no poder desde 2021 e deveria ter deixado o cargo no início de fevereiro. Os eventos recentes culminaram na invasão de duas prisões, uma em Porto Príncipe e outra próxima a Croix des Bouquets.
O toque de recolher foi instituído para garantir a segurança nacional diante da gravidade da situação. O estado de emergência e o toque de recolher podem ser prolongados, conforme indicado pelo ministro da Economia, Patrick Michel Boisvert, que assumiu a liderança na ausência de Henry.
Os impactos da ação das gangues foram sentidos de forma dramática na Penitenciária Nacional de Porto Príncipe, com a fuga de centenas de detentos e a morte de vários deles. Pierre Espérance, diretor-executivo da ONG Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos (RNDDH), lamentou a situação e destacou a gravidade do ocorrido.
O Haiti, que já enfrentava uma crise política e humanitária desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021, agora se vê diante de novos desafios com a violência das gangues assumindo proporções alarmantes. As autoridades haitianas buscam medidas para controlar a situação e restabelecer a ordem no país, tão impactado pelos conflitos internos.