Durante o evento, o físico Alexandre Araújo da Costa, doutor em ciências atmosféricas e professor da Universidade Federal do Ceará, comparou a concentração atual de gases do efeito estufa a bombas atômicas, destacando o desequilíbrio climático provocado por esse fenômeno.
Juntamente com Costa, a coordenadora do Laboratório de Gases do Efeito Estufa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (LaGEE/INPE), Luciana Gatti, apresentou mapas e dados que comprovam o recente aumento da temperatura dos oceanos, indicando um cenário preocupante e extremamente desafiador.
Gatti enfatizou a urgência de medidas como a redução do desmatamento, a diminuição da produção de combustíveis fósseis e o reflorestamento com vegetação nativa para resfriar a superfície terrestre. Ainda durante a audiência, o relator da comissão, deputado Gilson Daniel, se comprometeu a avaliar propostas de apoio à rede de monitoramento dos biomas pelo governo.
Além disso, o deputado Tarcísio Motta defendeu a aprovação de uma proposta que reserva 5% das emendas parlamentares para emergências climáticas, destacando que os desastres não são naturais, mas sim socioambientais, afetando principalmente os mais pobres e vulneráveis.
Diante do cenário alarmante apresentado pelos especialistas, Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, manifestou a necessidade urgente de medidas eficazes em âmbito global para combater as mudanças climáticas. Com projeções preocupantes e recordes de temperatura sendo quebrados a cada ano, a busca por soluções e ações concretas se torna ainda mais urgente.
Por fim, os participantes da audiência ressaltaram a importância da adaptação e mitigação das consequências do aquecimento global, além de destacarem a necessidade de apoio e investimento na gestão de eventos extremos para proteger a população e o meio ambiente. A urgência de medidas eficazes é evidente diante do cenário desafiador que se apresenta para o futuro do planeta.