Familiares de vítimas de Brumadinho cobram justiça e prevenção em sessão solene na Câmara dos Deputados

No último dia 6 de março de 2024, foi realizada uma sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem às 272 vítimas do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Durante o evento, familiares das vítimas pediram providências da Justiça para garantir que a tragédia não fique impune e solicitaram medidas preventivas por parte do poder público para evitar futuros acidentes semelhantes.

Representantes das famílias das vítimas estiveram presentes na sessão solene, trazendo uma cruz gigante com o nome dos que perderam a vida no desastre e prestando uma homenagem a eles. A presidente da Associação dos Familiares de Vítimas de Brumadinho (Avabrum), Andresa Rodrigues, que perdeu o único filho no rompimento da barragem, acusou a empresa Vale de saber antecipadamente do perigo e não ter tomado as devidas providências para evitar o desastre. Ela enfatizou a importância de ações rápidas para melhorar a fiscalização e impedir a repetição da tragédia.

Além disso, o coordenador da comissão externa da Câmara que investiga o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, deputado Rogério Correia (PT-MG), afirmou que a Vale tinha conhecimento do risco de acidente. Ele criticou a falta de punições cinco anos após a tragédia e pediu ações efetivas do poder público para garantir a segurança das barragens.

Durante a sessão, representantes do Ministério da Integração Regional e do Comitê Pró-Brumadinho sugeriram mudanças na legislação referente ao gerenciamento de riscos e enfatizaram a necessidade de fiscalização e controle social da atividade mineradora. Por outro lado, o deputado Pedro Aihara (PRD-MG) apontou que a Vale tem divulgado informações enganosas sobre a reparação às vítimas e destacou a importância da luta por justiça.

O evento também contou com a leitura dos nomes das 272 vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho, relembrando a tragédia que ocorreu em janeiro de 2019. A busca pelos corpos de três vítimas que ainda não foram encontradas foi destacada pelos presentes, reforçando a necessidade de melhorias na fiscalização das barragens em todo o país.

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