Representantes das famílias das vítimas estiveram presentes na sessão solene, trazendo uma cruz gigante com o nome dos que perderam a vida no desastre e prestando uma homenagem a eles. A presidente da Associação dos Familiares de Vítimas de Brumadinho (Avabrum), Andresa Rodrigues, que perdeu o único filho no rompimento da barragem, acusou a empresa Vale de saber antecipadamente do perigo e não ter tomado as devidas providências para evitar o desastre. Ela enfatizou a importância de ações rápidas para melhorar a fiscalização e impedir a repetição da tragédia.
Além disso, o coordenador da comissão externa da Câmara que investiga o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, deputado Rogério Correia (PT-MG), afirmou que a Vale tinha conhecimento do risco de acidente. Ele criticou a falta de punições cinco anos após a tragédia e pediu ações efetivas do poder público para garantir a segurança das barragens.
Durante a sessão, representantes do Ministério da Integração Regional e do Comitê Pró-Brumadinho sugeriram mudanças na legislação referente ao gerenciamento de riscos e enfatizaram a necessidade de fiscalização e controle social da atividade mineradora. Por outro lado, o deputado Pedro Aihara (PRD-MG) apontou que a Vale tem divulgado informações enganosas sobre a reparação às vítimas e destacou a importância da luta por justiça.
O evento também contou com a leitura dos nomes das 272 vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho, relembrando a tragédia que ocorreu em janeiro de 2019. A busca pelos corpos de três vítimas que ainda não foram encontradas foi destacada pelos presentes, reforçando a necessidade de melhorias na fiscalização das barragens em todo o país.