Preços do petróleo fecham em baixa, enfraquecidos pelo excesso de oferta mundial, mesmo com cortes da Opep+.

Os preços do petróleo encerraram em queda nesta sexta-feira (8), pressionados pela preocupação com uma oferta global excessivamente abundante mesmo diante dos cortes na produção promovidos pela aliança Opep+. O barril de petróleo Brent do Mar do Norte para entrega em maio recuou 1,06%, fechando a 82,08 dólares. Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI) com vencimento em abril teve uma queda de 1,16%, chegando a 78,01 dólares.

De acordo com Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, o mercado está apreensivo com os fluxos adicionais de petróleo dos Estados Unidos, em um momento em que a demanda desacelera. Os EUA estão produzindo atualmente 13,2 milhões de barris por dia, próxima do recorde absoluto de 13,3 milhões. Além disso, países como Guiana e Venezuela também estão aumentando sua produção, o que contribui para o cenário de excesso de oferta.

A Guiana, por exemplo, passou de uma produção quase nula há cinco anos para mais de 600.000 barris diários. Já a Venezuela viu um aumento de um terço em seus volumes de produção entre 2020 e 2023. Esses fatores combinados estão gerando preocupações nos investidores e contribuindo para a pressão baixista nos preços do petróleo.

É importante ressaltar que, apesar dos esforços da Opep+ para reduzir a produção e equilibrar o mercado, o excesso de oferta ainda persiste. A situação atual evidencia a fragilidade dos preços do petróleo, que continuam sendo impactados por diversos fatores geopolíticos e econômicos ao redor do mundo. Os investidores seguem atentos às movimentações do mercado de energia e aos desdobramentos que podem influenciar os preços da commodity nos próximos dias.

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