Eleições legislativas em Portugal marcam guinada à direita com vitória da oposição de centro-direita e ascensão da extrema direita.

Neste domingo, as eleições legislativas em Portugal foram marcadas por uma vitória apertada da oposição de centro-direita. A Aliança Democrática (AD), liderada por Luís Montenegro, saiu vitoriosa, obtendo entre 29 e 33% dos votos, segundo pesquisas de opinião. No entanto, mesmo com essa vitória, a AD não conseguirá formar uma maioria sozinha.

Essas eleições representam uma mudança à direita no país, que nos últimos oito anos foi governado pelo socialista António Costa. A ascensão da extrema direita, representada pelo partido Chega, também se fez notar nas urnas, com um aumento significativo de votos em relação às eleições anteriores.

A AD descartou qualquer possibilidade de formar um governo com o apoio da extrema direita, optando por contar com o pequeno partido Iniciativa Liberal. No entanto, as pesquisas indicam que ambos os partidos não alcançarão a maioria absoluta necessária para governar. O Partido Socialista (PS), liderado por Pedro Nuno Santos, deve ficar em segundo lugar, com entre 25 e 29% dos votos.

O Chega, liderado por André Ventura, obteve entre 14 e 17% dos votos, consolidando-se como a terceira força política do país. Ventura comemorou o resultado como “absolutamente histórico” e se mostrou disponível para formar um governo estável de direita.

A preocupação com questões como a imigração e os escândalos de corrupção que derrubaram António Costa foram temas recorrentes durante a campanha eleitoral. A extrema direita levantou essas questões, especialmente o aumento da população migrante no país, que dobrou nos últimos cinco anos.

Apesar disso, a taxa de abstenção nessas eleições foi a mais baixa desde 2005. O governo socialista enfrentou desafios como inflação, problemas nos serviços de saúde e nas escolas, além de uma crise imobiliária. Os próximos passos do cenário político português serão decisivos para o futuro do país e para a construção de alianças políticas que garantam estabilidade governativa.

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