Essas eleições representam uma mudança à direita no país, que nos últimos oito anos foi governado pelo socialista António Costa. A ascensão da extrema direita, representada pelo partido Chega, também se fez notar nas urnas, com um aumento significativo de votos em relação às eleições anteriores.
A AD descartou qualquer possibilidade de formar um governo com o apoio da extrema direita, optando por contar com o pequeno partido Iniciativa Liberal. No entanto, as pesquisas indicam que ambos os partidos não alcançarão a maioria absoluta necessária para governar. O Partido Socialista (PS), liderado por Pedro Nuno Santos, deve ficar em segundo lugar, com entre 25 e 29% dos votos.
O Chega, liderado por André Ventura, obteve entre 14 e 17% dos votos, consolidando-se como a terceira força política do país. Ventura comemorou o resultado como “absolutamente histórico” e se mostrou disponível para formar um governo estável de direita.
A preocupação com questões como a imigração e os escândalos de corrupção que derrubaram António Costa foram temas recorrentes durante a campanha eleitoral. A extrema direita levantou essas questões, especialmente o aumento da população migrante no país, que dobrou nos últimos cinco anos.
Apesar disso, a taxa de abstenção nessas eleições foi a mais baixa desde 2005. O governo socialista enfrentou desafios como inflação, problemas nos serviços de saúde e nas escolas, além de uma crise imobiliária. Os próximos passos do cenário político português serão decisivos para o futuro do país e para a construção de alianças políticas que garantam estabilidade governativa.