Projeto de Lei torna impositivas emendas das comissões permanentes do Congresso Nacional em estados e municípios.

Na última terça-feira, dia 11 de março de 2024, foi apresentado o Projeto de Lei Complementar (PLP) 248/23, que propõe tornar impositivas as emendas apresentadas pelas comissões permanentes do Congresso Nacional. Essa medida, se aprovada, significará que as emendas deverão obrigatoriamente ser pagas, estendendo essa obrigatoriedade também aos estados, nas Assembleias Legislativas; aos municípios, nas Câmaras Municipais; e ao Distrito Federal, na Câmara Distrital.

Desde a promulgação da Emenda Constitucional 86, as emendas individuais já são impositivas, estando limitadas a 1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL). Já as emendas de bancada passaram a ter caráter impositivo com a Emenda Constitucional 100, com limite de 1% da RCL.

Os deputados Laura Carneiro (PSD-RJ) e Ricardo Ayres (Republicanos-TO) são os autores desse projeto de lei e afirmam que a sua proposta busca equiparar o processo de execução das emendas ao marco definido para as emendas individuais e de bancada no Parlamento. Segundo eles, ao reconhecer o caráter impositivo das emendas, a legislação irá regulamentar de forma mais clara o processo de execução das emendas orçamentárias.

A tramitação do projeto seguirá agora para as comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Após passar por essas instâncias, o PLP 248/23 seguirá para votação no Plenário.

Essa proposta tem gerado debate entre parlamentares e especialistas, que discutem a importância e os impactos que a impositividade das emendas pode ter no cenário político e econômico do país. Alguns apontam que essa medida pode trazer mais transparência e responsabilidade na destinação dos recursos públicos, enquanto outros levantam preocupações sobre possíveis interferências no poder de decisão dos gestores públicos.

É importante acompanhar de perto a tramitação desse projeto e os desdobramentos que ele poderá trazer para a estrutura orçamentária e política do Brasil. A sociedade civil também tem papel fundamental em fiscalizar e participar desse processo, garantindo que as decisões tomadas pelo Congresso Nacional estejam alinhadas com os interesses da população.

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