Durante a reunião, Fraga enfatizou a importância do diálogo com Lewandowski antes de tomar medidas mais drásticas, pontuando: “Não temos que levar tudo a ferro e fogo: precisamos de uma conversa”. O adiamento dos requerimentos que exigiam a presença do ministro foi motivado principalmente pelo tempo reduzido do ministro no cargo e a necessidade de dar espaço para que ele apresente soluções para questões como a fuga de presos do presídio de Mossoró.
O ex-presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Sanderson, expressou desconfiança em relação ao diálogo com Flávio Dino, ex-ministro da Justiça, e defendeu que se não houver avanços até a próxima segunda-feira, Lewandowski deve ser convocado. Fraga, por sua vez, garantiu que o ministro terá espaço para dialogar com a comissão e destacou as diferenças entre Lewandowski e Flávio Dino.
A deputada Delegada Adriana Accorsi, representando o governo, agradeceu o início de uma relação cordial entre a comissão e o novo ministro, ressaltando a importância de ouvir as ideias do governo federal. Ela também solicitou uma investigação sobre possíveis envolvidos na fuga em Mossoró. Além disso, os deputados da comissão cobram esclarecimentos sobre ações para conter o avanço do crime organizado no Brasil e o planejamento do Ministério da Justiça para o ano de 2024.
Em um cenário de muita expectativa e tensão, a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados segue aguardando os desdobramentos das reuniões com o novo ministro da Justiça para garantir a segurança e a transparência nas ações relacionadas ao sistema prisional e ao combate ao crime organizado no país.