Nicodemos destacou a importância de assegurar um atendimento diferenciado no Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres agricultoras e ribeirinhas, que muitas vezes residem em locais distantes das áreas urbanas e encontram dificuldades para realizar consultas médicas. A deputada ressaltou a necessidade de garantir que essas mulheres tenham acesso aos cuidados de saúde necessários para prevenir doenças e promover seu bem-estar.
Além disso, Priscilla Caroline de Sousa Brito, da Coordenação de Atenção à Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, apresentou as prioridades da pasta, incluindo o combate à mortalidade materna e o acesso ao planejamento familiar. Ela salientou que, com um pré-natal adequado, muitas mortes maternas poderiam ser evitadas, e ressaltou o compromisso do Brasil em diminuir a taxa de mortalidade materna para 30 mortes a cada 100 mil nascidos vivos até 2030.
Outro ponto abordado na mesa-redonda foi a necessidade de legislação para combater a violência obstétrica, que afeta principalmente as mulheres negras. A representante do Ministério da Saúde enfatizou a importância de destinar emendas parlamentares para programas de saúde bem estruturados e com fiscalização da sua aplicação.
Diversos especialistas também contribuíram para o debate, abordando temas como doenças cardiovasculares, acesso a métodos contraceptivos, feminicídios e a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. A delegada Karen Langkammer, da Polícia Civil do Distrito Federal, alertou para o aumento dos casos de feminicídios e destacou a necessidade de denúncia e prevenção por parte de toda a sociedade.
Em suma, a mesa-redonda na Câmara dos Deputados evidenciou a importância de políticas e ações específicas para promover a saúde e o bem-estar das mulheres, especialmente aquelas em situações de maior vulnerabilidade, como as agricultoras e ribeirinhas. O debate reforçou a necessidade de um olhar atento e comprometido com a saúde feminina em todas as esferas do poder público e da sociedade como um todo.