Segundo informações obtidas pela Bloomberg, Rotta compareceu ao tribunal federal de Miami, onde foi determinado que ele permanecerá na prisão até uma nova audiência marcada para a próxima data. Os promotores dos EUA argumentaram que o empresário utilizou pseudônimos, estruturas corporativas complexas e representantes para ocultar os ativos no exterior e sonegar impostos.
Durante a audiência, Rotta recebeu uma fiança de US$ 15 milhões, dos quais deve depositar 20% em dinheiro para permanecer em liberdade. No entanto, a promotoria manifestou o desejo de mantê-lo preso, alegando que ele escondeu milhões do IRS e possui motivos para fugir dos EUA antes do julgamento.
As autoridades também citaram conflitos anteriores de Rotta com a lei, incluindo um episódio em que desobedeceu a ordem judicial de levar seu filho a um internato, optando por casá-lo em Las Vegas com a filha da governanta, resultando em graves consequências legais.
Além disso, Rotta encerrou uma conta no banco em 2008 e transferiu seus ativos para outro banco suíço, sendo cliente de um consultor financeiro suíço acusado de ajudar americanos a ocultar milhões em contas secretas no exterior. O empresário enfrenta agora a possibilidade de até cinco anos de prisão por cada acusação, caso seja condenado.
O UBS, atual proprietário do Credit Suisse, não respondeu a pedidos de comentário sobre o caso. O IRS iniciou uma auditoria em Rotta em 2011, após obter indícios de contas no exterior não declaradas, levando a uma investigação que revelou um esquema complexo de evasão fiscal envolvendo empresas em paraísos fiscais.
Em resumo, Dan Rotta, o empresário de múltiplas nacionalidades, enfrenta sérias acusações de sonegação fiscal e ocultação de ativos no exterior, em um caso que evidencia décadas de fraude e manipulação do sistema fiscal dos EUA. A saga de Rotta continua a se desenrolar nos tribunais americanos, com desdobramentos que prometem esclarecer a extensão de sua conduta ilícita e suas consequências legais.