Empresário multilateral é preso nos EUA por esconder US$ 20 milhões em bancos suíços durante 35 anos

O empresário Dan Rotta, de 78 anos, com nacionalidades brasileira, americana e romena, foi preso em 9 de março no Aeroporto Internacional de Miami sob acusações de utilizar o Credit Suisse, UBS e outros bancos suíços para esconder mais de US$ 20 milhões em ativos das autoridades fiscais dos EUA ao longo de 35 anos.

Segundo informações obtidas pela Bloomberg, Rotta compareceu ao tribunal federal de Miami, onde foi determinado que ele permanecerá na prisão até uma nova audiência marcada para a próxima data. Os promotores dos EUA argumentaram que o empresário utilizou pseudônimos, estruturas corporativas complexas e representantes para ocultar os ativos no exterior e sonegar impostos.

Durante a audiência, Rotta recebeu uma fiança de US$ 15 milhões, dos quais deve depositar 20% em dinheiro para permanecer em liberdade. No entanto, a promotoria manifestou o desejo de mantê-lo preso, alegando que ele escondeu milhões do IRS e possui motivos para fugir dos EUA antes do julgamento.

As autoridades também citaram conflitos anteriores de Rotta com a lei, incluindo um episódio em que desobedeceu a ordem judicial de levar seu filho a um internato, optando por casá-lo em Las Vegas com a filha da governanta, resultando em graves consequências legais.

Além disso, Rotta encerrou uma conta no banco em 2008 e transferiu seus ativos para outro banco suíço, sendo cliente de um consultor financeiro suíço acusado de ajudar americanos a ocultar milhões em contas secretas no exterior. O empresário enfrenta agora a possibilidade de até cinco anos de prisão por cada acusação, caso seja condenado.

O UBS, atual proprietário do Credit Suisse, não respondeu a pedidos de comentário sobre o caso. O IRS iniciou uma auditoria em Rotta em 2011, após obter indícios de contas no exterior não declaradas, levando a uma investigação que revelou um esquema complexo de evasão fiscal envolvendo empresas em paraísos fiscais.

Em resumo, Dan Rotta, o empresário de múltiplas nacionalidades, enfrenta sérias acusações de sonegação fiscal e ocultação de ativos no exterior, em um caso que evidencia décadas de fraude e manipulação do sistema fiscal dos EUA. A saga de Rotta continua a se desenrolar nos tribunais americanos, com desdobramentos que prometem esclarecer a extensão de sua conduta ilícita e suas consequências legais.

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