Ao proibir a publicidade de produtos têxteis mais baratos e estabelecer uma taxa ambiental para artigos de baixo custo, a França pode se tornar pioneira na regulamentação desse setor. O mercado francês foi inundado por essa moda rápida e barata, enquanto marcas locais declaravam falência. No entanto, o principal motivo para a aprovação dessas medidas está relacionado aos impactos ambientais provocados pela indústria têxtil.
De acordo com a deputada governista Anne-Cécile Violland, o setor têxtil é um dos mais poluentes, contribuindo com 10% das emissões de gases de efeito estufa e poluindo a água. Ela destacou a empresa chinesa Shein como exemplo de produção intensiva, com 7.200 novas peças por dia. A França agora irá aplicar critérios como volume de produção e velocidade de lançamento de coleções para determinar o que caracteriza a ‘fast fashion’.
Além disso, os fabricantes serão obrigados a informar os consumidores sobre o impacto ambiental das roupas e uma taxa progressiva será implementada a partir de 2025, com o objetivo de subsidiar a produção de roupas sustentáveis. O segmento de moda de baixo custo na França perdeu espaço para concorrentes europeus e chineses, mas a regulamentação proposta pode mudar esse cenário.
A moda de luxo, representada por marcas como Louis Vuitton, Chanel e Dior, é um dos pilares da economia francesa. No entanto, as medidas aprovadas visam equilibrar o mercado, promovendo a sustentabilidade e combatendo os impactos negativos da ‘fast fashion’. Com isso, a França busca liderar uma mudança global na indústria da moda, estabelecendo novos padrões e incentivando a produção responsável.
