Projeto de Lei proíbe exportação de animais vivos para abate ou reprodução devido a condições precárias no transporte.

No cenário político atual, um projeto de lei vem chamando a atenção dos especialistas e da população em geral. O PL 521/24, em análise na Câmara dos Deputados, propõe a proibição da exportação de animais vivos para abate ou reprodução. A justificativa por trás da proposta é o combate aos maus-tratos nos transportes desses animais, especialmente por via marítima.

Segundo o autor do projeto, o deputado Célio Studart, as condições precárias e os espaços reduzidos nos meios de transporte atualmente utilizados configuram maus-tratos evidentes. Ele ressalta que questões relacionadas à saúde e ao bem-estar dos animais devem ser prioridade em qualquer atividade que envolva o manejo desses seres vivos.

Além disso, o texto em análise também destaca casos específicos de países importando bovinos vivos para o abate por motivos religiosos. No Brasil, as exportações desses animais movimentaram mais de US$ 474 milhões em 2023, representando 6% das vendas de carne bovina desossada congelada.

Para lidar com essa questão de forma mais humanitária, o Ministério da Agricultura e Pecuária oferece orientações específicas para o transporte de cargas vivas, visando garantir maior segurança e conforto aos animais durante o deslocamento.

O projeto de lei em questão está em tramitação nas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Essa etapa é crucial para analisar todos os aspectos da proposta e garantir que as medidas propostas sejam eficazes e viáveis.

Diante desse contexto, a discussão sobre os direitos e o tratamento ético aos animais ganha cada vez mais relevância na agenda política e social do país, sinalizando uma possível mudança de paradigma em relação à exploração de animais para fins comerciais.

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