As autoridades locais rapidamente mobilizaram os guardas costeiros e utilizaram helicópteros, drones e um avião para procurar outras possíveis vítimas. O governador provincial informou que o naufrágio ocorreu durante a noite. Diversas ambulâncias foram enviadas ao porto de Kabatepe, em frente à ilha de Imbros, para prestar assistência aos sobreviventes.
Esse triste episódio ressalta a continuidade do fluxo de migrantes que tentam chegar à Europa em condições precárias. Nas últimas semanas, os guardas costeiros turcos têm resgatado ou interceptado centenas de pessoas que arriscam suas vidas em busca de uma oportunidade em território europeu.
Infelizmente, essa não é a primeira tragédia envolvendo migrantes no Mediterrâneo. Relatos de sobreviventes resgatados pelo navio humanitário Ocean Viking apontaram um naufrágio que vitimou cerca de 60 migrantes. Além disso, em novembro do ano passado, cinco pessoas perderam a vida após o barco em que estavam afundar nas proximidades da costa turca.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), os números de desaparecidos no Mediterrâneo em 2023 mostram um aumento preocupante, com 3.105 migrantes desaparecidos, o maior registro desde 2017. Desde o início do ano, 360 migrantes teriam morrido ou desaparecido, segundo os dados da OIM.
O Conselho Europeu de Refugiados e Exilados (ECRE) alertou para o crescente número de chegadas de migrantes às ilhas gregas vindos da Turquia. Em meio a essa crise humanitária, a Turquia abriga quase quatro milhões de refugiados, a maioria sírios, de acordo com o ACNUR.
Apesar de um acordo firmado em 2016 entre a União Europeia e a Turquia para conter o fluxo migratório, os desafios persistem e a busca por soluções humanitárias se faz cada vez mais urgente. A perda de vidas inocentes no Mar Egeu é um lembrete trágico das dificuldades enfrentadas por aqueles que buscam refúgio em terras estrangeiras.
