A tensão social cresceu nos últimos meses e atingiu o ápice nesta segunda-feira, com uma série de protestos em todo o país. Diversas organizações sociais se manifestaram exigindo a retomada da entrega de alimentos para as cozinhas públicas comunitárias, destacando a gravidade da situação de fome em que muitos argentinos se encontram. As cozinhas comunitárias, que atendem diariamente a centenas de pessoas, foram afetadas pelos cortes do governo e ficaram sem receber alimentos desde novembro.
Os protestos também abordaram outras questões, como cortes no orçamento das universidades, apoio estatal ao cinema e à pesquisa em ciência e tecnologia, e o aumento dos preços dos medicamentos. O impacto dessas medidas na população mais vulnerável foi dramático, com muitas pessoas abandonando seus tratamentos devido à falta de recursos.
O governo de Milei também enfrentou resistência no Congresso, com a rejeição da Lei Ônibus e do megadecreto, que visavam desregulamentar a economia. Além disso, houve confrontos durante os protestos desta segunda-feira, com relatos de manifestantes, jornalistas e policiais feridos.
Apesar dos desafios, Milei segue firme em seu objetivo de atingir o déficit zero este ano, mesmo com a oposição e a pressão popular. Ainda é incerto o futuro do governo ultraliberal, mas o presidente se mantém determinado a implementar suas reformas e colocar a Argentina nos trilhos do crescimento econômico.