Senador Sérgio Moro critica retenção de cidadão português no aeroporto de Guarulhos em audiência na Comissão de Segurança Pública.

O senador Sérgio Moro, representante do Paraná no Senado, fez um pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (19) para destacar uma audiência realizada na Comissão de Segurança Pública. Durante a reunião, o diretor de Polícia Administrativa da Polícia Federal, Rodrigo de Melo Teixeira, foi ouvido em relação ao caso da retenção do cidadão português Sérgio Tavares no aeroporto de Guarulhos, ocorrida em 25 de fevereiro.

Moro ressaltou que, durante o questionamento, ficou evidente que não houve uma justificativa razoável para a ação da Polícia Federal. O senador enfatizou a importância do respeito à liberdade de imprensa e expressão, e afirmou que é inaceitável utilizar a PF com motivações políticas.

O parlamentar destacou a necessidade de respeitar a atuação da Polícia Federal como instituição, porém, criticou a arbitrariedade do ato em questão. Ele fez uma comparação com um caso envolvendo o jornalista norte-americano Larry Rohter, cujo visto foi suspenso após publicar uma reportagem considerada negativa pelo Palácio do Planalto. Moro alertou que o episódio envolvendo Sérgio Tavares configura abuso de autoridade e prevaricação, defendendo uma revisão dos procedimentos da PF para evitar situações semelhantes no futuro.

O senador concluiu seu pronunciamento esperando que a Polícia Federal retome um caminho que priorize o controle de fronteiras para impedir a entrada de criminosos reais, como contrabandistas de armas, em vez de focar em estrangeiros que não representam ameaça à população brasileira.

O posicionamento de Moro repercutiu no Senado, levando a uma reflexão sobre a atuação das forças de segurança em situações como a relatada. A necessidade de respeitar os direitos individuais e evitar a instrumentalização de órgãos públicos para fins políticos foi um dos pontos centrais do discurso do senador. Espera-se que as autoridades competentes tomem medidas para garantir que casos semelhantes não se repitam, protegendo assim a integridade e os direitos dos cidadãos, nacionais e estrangeiros.

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