Estados Unidos condenam detenções arbitrárias de membros da oposição democrática na Venezuela e pedem libertação imediata, diz chefe da diplomacia americana.

Os Estados Unidos manifestaram, nesta quarta-feira (20), sua indignação com as detenções arbitrárias de membros da oposição democrática na Venezuela. O chefe da diplomacia americana para a América Latina, Brian Nichols, condenou veementemente as prisões e exigiu a libertação imediata dos detidos.

Segundo Nichols, as autoridades venezuelanas prenderam dois colaboradores da opositora María Corina Machado, acusando-os de estarem envolvidos em planos de ações desestabilizadoras para as eleições presidenciais de julho. Esta atitude foi considerada totalmente arbitrária pelos Estados Unidos e vai contra os compromissos estabelecidos no Acordo de Barbados, que parcialmente suspendeu sanções impostas a Caracas.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou a detenção dos opositores Henry Alviárez e Dignora Hernández, ligados à organização política Vente Venezuela. Eles foram acusados de planejar ações para forçar a habilitação de María Corina Machado, que é vista como favorita nas pesquisas, mas foi inabilitada por 15 anos de exercer cargos públicos.

Além disso, sete colaboradores de Machado também foram presos nos últimos dias, o que gerou preocupação e repúdio por parte dos Estados Unidos. Nichols ressaltou que a recusa de Maduro em restabelecer os direitos políticos de candidatos, como Machado, e o assédio e aprisionamento de seus apoiadores representam um retrocesso e vão na direção errada.

Por fim, o governo Biden advertiu Nicolás Maduro que, se ele não mudar sua postura, os EUA irão impor novamente sanções ao setor petrolífero e de gás em abril. Esta é uma medida para pressionar o presidente venezuelano a respeitar os princípios democráticos e os direitos de opositores e membros da sociedade civil no país.

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