Segundo Nichols, as autoridades venezuelanas prenderam dois colaboradores da opositora María Corina Machado, acusando-os de estarem envolvidos em planos de ações desestabilizadoras para as eleições presidenciais de julho. Esta atitude foi considerada totalmente arbitrária pelos Estados Unidos e vai contra os compromissos estabelecidos no Acordo de Barbados, que parcialmente suspendeu sanções impostas a Caracas.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou a detenção dos opositores Henry Alviárez e Dignora Hernández, ligados à organização política Vente Venezuela. Eles foram acusados de planejar ações para forçar a habilitação de María Corina Machado, que é vista como favorita nas pesquisas, mas foi inabilitada por 15 anos de exercer cargos públicos.
Além disso, sete colaboradores de Machado também foram presos nos últimos dias, o que gerou preocupação e repúdio por parte dos Estados Unidos. Nichols ressaltou que a recusa de Maduro em restabelecer os direitos políticos de candidatos, como Machado, e o assédio e aprisionamento de seus apoiadores representam um retrocesso e vão na direção errada.
Por fim, o governo Biden advertiu Nicolás Maduro que, se ele não mudar sua postura, os EUA irão impor novamente sanções ao setor petrolífero e de gás em abril. Esta é uma medida para pressionar o presidente venezuelano a respeitar os princípios democráticos e os direitos de opositores e membros da sociedade civil no país.