Meninas têm trajetória escolar mais regular do que meninos, aponta indicador da Fundação Itaú em ato da FPME.

No último dia 20 de março de 2024, a Frente Parlamentar Mista da Educação (FPME) promoveu um evento no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, com o intuito de defender a permanência dos alunos nas escolas. O destaque da ocasião foi o lançamento do estudo intitulado “Indicador de Regularidade de Trajetórias Educacionais”, elaborado pela Fundação Itaú.

De acordo com o estudo, quase metade dos estudantes brasileiros nascidos entre 2000 e 2005, atualmente com idades entre 19 e 24 anos, não concluíram o ensino fundamental de forma regular, sofrendo com repetência, reprovação ou abandono dos estudos. A situação se agrava no ensino médio, onde 59% dos alunos não finalizaram os estudos na idade adequada.

Os pesquisadores responsáveis pelo levantamento, Chico Soares, Izabel Costa da Fonseca, Clarissa Guimarães e Maria Teresa Gonzaga Alves, utilizaram dados do Censo Escolar de 2007 a 2019, levando em consideração o nível socioeconômico das escolas e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Uma das principais conclusões do estudo é a necessidade de um acompanhamento mais eficaz da permanência de crianças e adolescentes nas escolas. Segundo Patrícia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social, o desafio é garantir uma trajetória educacional regular para a maioria dos alunos antes mesmo de chegarem ao ensino médio.

Além disso, o estudo aponta que as desigualdades são mais evidentes para estudantes do sexo masculino, pessoas com deficiência, negros, indígenas e alunos de escolas com baixo nível socioeconômico. A regularidade escolar é fundamental para o desenvolvimento educacional e social desses indivíduos.

O presidente da FPME, deputado Rafael Brito (MDB-AL), destacou a importância do indicador como ferramenta para a criação de políticas educacionais. Ele mencionou o programa Pé-de-Meia do governo federal, que visa manter os alunos em sala de aula oferecendo incentivos financeiros.

Em suma, o estudo revela a urgência de ações efetivas para combater a evasão escolar e garantir uma educação de qualidade para todos os estudantes, independentemente de gênero, raça, cor, renda ou região. A educação é o pilar fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.

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