Investidores otimistas com reformas radicais de Javier Milei na Argentina após 100 dias de mandato, títulos se valorizam.

Após completar seus primeiros 100 dias no cargo, o presidente da Argentina, Javier Milei, parece estar conquistando a confiança dos detentores de títulos do país. As reformas radicais implementadas por Milei fizeram com que os títulos de referência para 2030 subissem para 50 centavos de dólar, um aumento significativo comparado aos menos de 40 centavos de dólar registrados quando assumiu a presidência em 10 de dezembro.

No entanto, nem todos estão tão entusiasmados com as medidas de Milei. O Senado argentino votou contra um amplo Decreto de Necessidade e Urgência proposto pelo presidente por 42-25 na semana passada, e espera-se que a Câmara dos Deputados siga o mesmo caminho. A resistência no Congresso pode representar um obstáculo para o Plano A do presidente de reformar a economia do país.

Apesar das críticas, os investidores estão aplaudindo as ações unilaterais de Milei, que incluem a redução de subsídios aos combustíveis e o corte de transferências do governo central para as províncias argentinas. A taxa de câmbio oficial do peso também foi cortada pela metade, o que impulsionou as exportações agrícolas e facilitou os fluxos monetários.

Essas medidas parecem estar surtindo efeito, uma vez que a Argentina registrou um superávit orçamentário primário em janeiro e fevereiro pela primeira vez desde 2011. A inflação também apresentou uma queda significativa durante o mandato de Milei, chegando a 13% ao mês.

Há rumores de que Milei está trabalhando em um Plano político B, que envolveria um acordo com os governadores do país. Além disso, a reforma da Previdência é apontada como uma das reformas estruturais mais importantes para o futuro da Argentina.

Apesar das dificuldades enfrentadas no Congresso e das críticas da oposição, Milei parece manter o apoio da população, que até o momento tem se mostrado relativamente tranquila em relação às reformas propostas. Com a lua de mel ainda presente após 100 dias de governo, o futuro político e econômico da Argentina permanece incerto, mas cheio de desafios e oportunidades.

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