Neste acordo, Trump deverá deter a maior parte da empresa combinada, representando cerca de 79 milhões de ações. Multiplicando esse valor pelo preço de fechamento das ações da Digital World na sexta-feira, que foi de US$ 36,94, a participação de Trump poderá chegar a quase US$ 3 bilhões. No entanto, mesmo com esse pagamento considerável, Trump não será capaz de sacar os lucros imediatamente devido a uma cláusula de “lock-up” que impede a venda das ações recém-emitidas por seis meses.
Os acionistas da Digital World, que investiram na empresa na expectativa da fusão com a Trump Media, viram suas ações oscilarem nos últimos dias. Apesar do entusiasmo inicial, na sexta-feira as ações da Digital World caíram quase 14%, indicando uma possível turbulência para os acionistas da Trump Media no futuro.
Esta não é a primeira incursão de Trump no mercado de ações. Em 1995, a Trump Hotels and Casino Resorts entrou no mercado sob o símbolo DJT, mas acabou entrando com pedido de proteção contra falência em 2004. Agora, com a Trump Media prestes a ingressar no mercado de ações, a empresa terá que enfrentar desafios como a divulgação de suas finanças trimestrais e lidar com possíveis controvérsias associadas ao discurso de ódio e outros conteúdos controversos em sua plataforma.
Com personalidades conhecidas do círculo de Trump ocupando cargos importantes na Trump Media, como Donald Trump Jr. e Devin Nunes, ex-deputado republicano, a empresa pretende consolidar sua presença no mercado de mídia social. No entanto, os desafios não serão poucos, e o futuro da Truth Social dependerá de seu desempenho no mercado de ações e de como conseguirá enfrentar os obstáculos que surgirão.