Projeto de Lei propõe aumento da alíquota mínima de imposto de exportação de animais vivos para combater maus-tratos no transporte

Na última terça-feira, dia 02 de abril de 2024, o deputado Nilto Tatto (PT-SP) apresentou na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 786/24, que propõe elevar para 50% a alíquota mínima do imposto de exportação de animais vivos, como gado e equinos. A intenção do projeto é desestimular a exportação desses animais, que muitas vezes são submetidos a condições cruéis durante o transporte.

Segundo Tatto, os animais passam dias na estrada, espremidos em caminhões, mal alimentados, desidratados e muitas vezes machucados. O deputado ressalta que o orgulho de ser o “maior exportador de gado em pé do mundo” não pode encobrir os maus-tratos aos animais, que são submetidos a situações de sofrimento extremo.

Atualmente, a alíquota básica de exportação de animais vivos é de 30%, porém o governo pode ajustá-la de acordo com as necessidades econômicas e comerciais do país. O PL 786/24 exclui da alíquota de 50% apenas as operações de exportação sem propósito econômico, como aquelas destinadas a instituições sem fins lucrativos que garantam um tratamento adequado aos animais.

O projeto de lei ainda precisa passar por diversas etapas de análise na Câmara dos Deputados, nas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso o PL seja aprovado, a exportação de animais vivos poderá sofrer uma significativa mudança, visando a proteção e o bem-estar dos animais envolvidos.

A proposta apresentada pelo deputado Nilto Tatto levanta um importante debate sobre a ética e os cuidados necessários com os animais durante o processo de exportação, destacando a importância de garantir o respeito aos direitos dos animais em meio às questões econômicas e comerciais.

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