A maior parte dos anúncios continha fraudes (810), visando ampliar a desconfiança e o descrédito em relação ao judiciário. Os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, e Gilmar Mendes foram os mais citados nos anúncios fraudulentos. Além disso, houve investimento de pelo menos R$ 85.510,58 em 13 estados diferentes para promover esses conteúdos, com 99 páginas e perfis responsáveis pelos anúncios.
O público-alvo desses anúncios ilegais eram principalmente homens acima de 45 anos, mas também havia um número significativo de mulheres entre 18 e 34 anos. O NetLab destacou a microsegmentação utilizada pelas plataformas digitais para direcionar esses anúncios, o que facilita golpes e fraudes.
A Meta, empresa responsável pelas redes sociais onde os anúncios foram veiculados, afirmou que está sempre aprimorando sua tecnologia para combater atividades suspeitas e recomendou que as pessoas denunciem qualquer conteúdo que acreditam violar suas políticas. O estudo apontou a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa no setor para garantir a segurança dos usuários e a transparência nas plataformas.
O pesquisador Carlos Eduardo Barros do NetLab ressaltou a importância das plataformas verificarem os conteúdos veiculados e disponibilizarem dados para que a sociedade e o poder público possam fiscalizar esses ambientes online. A empresa Meta afirmou que está cooperando com as autoridades brasileiras, como o Ministério da Justiça, para reduzir a incidência de conteúdos fraudulentos em suas plataformas.