Diversas personalidades estiveram presentes na posse de Ailton Krenak, incluindo os ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e da Cultura, Margareth Menezes. Membros da própria Academia, como Heloísa Teixeira, Arnaldo Niskier, Fernanda Montenegro e Antonio Carlos Secchin, também marcaram presença no evento. As comissões responsáveis pelo cerimonial de posse foram compostas por figuras ilustres como Edmar Lisboa Bacha, Joaquim Falcão, Ruy Castro, Ana Maria Machado, Geraldo Carneiro e Antônio Torres.
Durante seu discurso de posse, Ailton Krenak destacou a pluralidade indígena que representa ao ocupar essa importante posição na instituição. Ele enfatizou a importância de reconhecer a diversidade e a riqueza cultural dos povos originários do Brasil.
Nascido em Itabirinha, Minas Gerais, em 1953, Ailton Krenak tem uma trajetória marcada pelo ativismo socioambiental e pela defesa dos direitos dos povos indígenas. Além de escritor e poeta, ele também é reconhecido como doutor honoris causa por diversas universidades brasileiras. Com mais de 15 livros publicados, Krenak é autor de obras como “A vida não é útil”, “Futuro ancestral” e “Ideias para adiar o fim do mundo”, que foram traduzidas para mais de 13 países.
Ao longo de sua carreira, Ailton Krenak também atuou como assessor especial do governo de Minas Gerais para assuntos indígenas e participou de iniciativas importantes, como a fundação da Aliança dos Povos da Floresta e da União das Nações Indígenas. Em 2020, ele foi premiado com o Prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano, concedido pela União Brasileira dos Escritores.
Atualmente, o renomado escritor vive na Reserva Indígena Krenak, localizada em Resplendor, Minas Gerais, onde continua a desenvolver seu trabalho em prol da preservação ambiental e da valorização das culturas indígenas. Sua posse na Academia Brasileira de Letras representa mais um marco em sua trajetória de engajamento e contribuições para a sociedade brasileira.
