O prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, enfatizou a importância de adotar medidas restritivas para evitar o esgotamento da água na região. A seca, provocada pelo El Niño, resultou em um baixo nível de três reservatórios que abastecem a cidade, afetando também outros dez municípios vizinhos que enfrentam a mesma situação e serão submetidos ao racionamento.
Além dos impactos no abastecimento de água, a seca causada pelo El Niño tem gerado outras consequências, como os incêndios florestais que devastaram 17.100 hectares na Colômbia em janeiro. A ministra do Meio Ambiente, Susana Muhamad, alertou para as temperaturas fora do comum, destacando os 24°C registrados em Bogotá, uma cidade conhecida por seu clima montanhoso e tradicionalmente frio. A previsão é de que as chuvas retornem até o início de maio, aliviando a situação.
Em Bogotá, os cortes de água serão realizados por setores, com duração de 24 horas, exceto por uma localidade que ficará isenta da medida. Após duas semanas, a prefeitura irá avaliar se é necessário estender o racionamento, com o objetivo de reduzir o consumo de água nos lares em 11%.
O histórico de escassez de água na região remonta a um período entre 1992 e 1993, quando Bogotá e outras áreas da Colômbia enfrentaram apagões diários de até nove horas devido ao baixo nível de água nas hidrelétricas causado pelo El Niño.
Dessa forma, a população de Bogotá e municípios vizinhos terá que se adaptar ao racionamento de água, adotando medidas de economia e conscientização quanto ao uso responsável desse recurso essencial. A situação é um alerta para a importância da preservação dos recursos hídricos e da adoção de medidas sustentáveis para garantir o abastecimento de água no futuro.
