O chanceler alemão, Olaf Scholz, descreveu as novas regras como um “passo histórico e indispensável” para a União Europeia. A comissária de assuntos internos do bloco, Ylva Johansson, enfatizou que a reforma permitirá uma melhor proteção das fronteiras externas, dos vulneráveis e dos refugiados, além de garantir a rápida deportação daqueles que não têm direito de permanecer. Ela destacou ainda a introdução da solidariedade obrigatória entre os Estados-membros como um dos pontos-chave das mudanças aprovadas.
No entanto, a votação da reforma não foi sem controvérsias. Manifestantes se reuniram do lado de fora do prédio do parlamento em Bruxelas para protestar contra a decisão, apontando-a como uma traição aos valores da União Europeia. Mais de 160 organizações de caridade e ONGs de migrantes expressaram sua oposição ao pacto. Durante a votação, houve um tumulto na galeria pública, com manifestantes gritando slogans contra a reforma até que a ordem fosse restaurada.
Apesar das críticas, o chefe da agência de refugiados ACNUR endossou a reforma, que foi elaborada pela Comissão Europeia em resposta aos grandes fluxos migratórios que abalaram o bloco em 2015. Com a aprovação das novas regras, a UE espera fortalecer seu sistema de asilo e migração, garantindo uma abordagem mais unificada e solidária para lidar com essas questões desafiadoras.