Frustração marca encerramento da última reunião do Parlamento Europeu com o Mercosul antes das eleições de junho

A delegação do Parlamento Europeu encarregada das relações com o Mercosul encerrou sua última reunião da atual legislatura com uma nota de frustração. O eurodeputado espanhol Jordi Cañas, presidente da comissão, expressou isso ao afirmar que não foi possível concluir o ambicioso pacto entre os blocos durante esta legislatura.

Cañas destacou que a responsabilidade por não ter concluído o acordo nos prazos estabelecidos recai principalmente sobre a União Europeia e suas instituições. Agora, a expectativa é que na próxima legislatura, após as eleições que ocorrerão nos países do bloco em junho, novos atores assumam o protagonismo nesse processo.

Durante a reunião, foi apresentado um relatório detalhado sobre a visita de uma missão parlamentar à Argentina no final do ano passado. O acordo entre a UE e o Mercosul, que parecia próximo de ser concretizado até 2023, sofreu um revés a partir de 2024 devido a protestos de agricultores europeus, o que trouxe incertezas sobre o pacto.

Desde então, as negociações foram mantidas em nível técnico, com ambas as partes apresentando novas demandas e exigências. O Mercosul pressionou por modificações no acordo para atender às suas necessidades legítimas, assim como a UE exigiu capítulos adicionais relacionados à proteção ambiental e padrões de qualidade.

Os ministros das Relações Exteriores do Mercosul já se manifestaram a favor da assinatura do pacto o mais rápido possível, destacando as vantagens de um mercado integrado com quase 800 milhões de habitantes. No entanto, o impasse persiste, e a conclusão do acordo entre os blocos ainda é uma incógnita.

Diante desse cenário, resta aguardar os desdobramentos nas próximas negociações e torcer para que as lideranças políticas encontrem um caminho para finalmente ratificar esse importante acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

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