Defesa de Jorge Glas recorre ao STF do Brasil para impedir depoimentos da Odebrecht após prisão na embaixada do México

A defesa do ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, está empenhada em tomar medidas legais para impedir que depoimentos de delatores da Novonor, antiga Odebrecht, sejam utilizados no processo contra ele. Recentemente, Glas foi preso dentro da embaixada do México em Quito, o que desencadeou uma série de ações jurídicas por parte de seus advogados.

Os representantes legais do político equatoriano recorreram ao Supremo Tribunal Federal do Brasil para barrar os depoimentos dos delatores da Odebrecht, alegando que essas informações estão contaminadas por nulidades processuais. Em um pedido endereçado ao ministro Dias Toffoli, a defesa apontou que ex-executivos da empreiteira continuam prestando depoimentos com base em sistemas antigos da empresa, mesmo após decisão prévia da Suprema Corte brasileira.

A defesa de Jorge Glas argumenta que a manutenção dessas provas viciadas tem contribuído para um verdadeiro “lawfare” em âmbito nacional e internacional. Eles afirmam que a invasão da embaixada mexicana em Quito, onde Glas foi preso, foi decorrente dessas evidências duvidosas e ilegítimas.

Diante desse cenário, os advogados solicitaram que Toffoli proíba que os ex-executivos e colaboradores da Odebrecht prestem qualquer tipo de depoimento a autoridades estrangeiras sem a devida supervisão judicial brasileira. Vale ressaltar que Jorge Glas foi condenado anteriormente por crimes relacionados à Odebrecht e passou cinco anos na prisão, sendo considerado culpado por diferentes delitos.

A crise diplomática desencadeada pela prisão de Glas e a ação do governo equatoriano contra a embaixada mexicana evidenciam um cenário complexo e delicado no qual questões jurídicas se mesclam com as relações internacionais entre os países envolvidos. O desenrolar desse caso promete gerar debates e polêmicas nos próximos dias.

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