A Coalizão Cívica, liderada pelo primeiro-ministro Donald Tusk, comemorou a decisão nas redes sociais, afirmando que o Parlamento seguirá adiante com todos os projetos sobre o direito ao aborto. Agora, os projetos de lei em questão deverão ser submetidos a uma comissão parlamentar especial para avaliação.
No entanto, mesmo se as reformas forem aprovadas pelo Parlamento, é improvável que sejam sancionadas pelo Presidente Andrzej Duda, um católico conservador aliado ao partido da oposição de direita PiS. Isso se deve ao fato de que a aliança governamental não tem a maioria de três quintos necessária para anular um eventual veto presidencial.
Diante desse impasse, a aliança governamental pode ter que aguardar as eleições presidenciais do próximo ano na esperança de que Duda seja substituído por um candidato com inclinações mais liberais. Pesquisas indicam que 35% dos poloneses são a favor de permitir o aborto até a 12ª semana de gravidez, enquanto 14% preferem manter a lei atual.
Uma possibilidade que surge é a realização de um referendo, apoiado pela Terceira Via, para que a população decida sobre o tema. No entanto, essa proposta é criticada por grupos que defendem os direitos das mulheres. Dessa forma, a questão do aborto na Polônia continua sendo um tema polêmico e de grande repercussão social.