Governo apresenta novo cenário fiscal para os próximos anos na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025

O governo apresentou nesta segunda-feira o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2025, trazendo mudanças significativas em relação às projeções anteriores. Uma das principais alterações foi a redução do superávit primário previsto para 2025, que passou de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para zero. Essa modificação sinaliza uma trajetória mais cautelosa em relação às metas fiscais estabelecidas.

De acordo com o projeto da LDO de 2025, a dívida pública só deve começar a diminuir a partir de 2028, o que representa um cenário mais prudente em termos de equilíbrio fiscal. A meta de resultado das contas públicas é considerada cumprida se ficar 0,25% do PIB acima ou abaixo do percentual fixado em lei, o que significa uma margem de tolerância para os resultados fiscais.

Além disso, o projeto da LDO estabelece parâmetros macroeconômicos para o ano seguinte, como o aumento do salário mínimo, que pode passar de R$ 1.412 para R$ 1.502 em 2025. Essas mudanças buscam oferecer um cenário mais realista para os agentes econômicos e garantir a sustentabilidade das contas públicas.

Segundo os técnicos responsáveis pelo projeto, a revisão das projeções se justifica pela necessidade de mostrar um caminho mais factível para o equilíbrio fiscal. As estimativas agora apontam para um superávit de R$ 10,8 bilhões em 2025, com despesas previstas em R$ 2.348,8 trilhões e receitas em R$ 2.319,7 trilhões.

O governo está trabalhando para alcançar superávits que possibilitem equilibrar a dívida pública, que deve atingir 79,7% do PIB em 2027. Essa estratégia visa garantir a sustentabilidade das contas públicas e evitar desequilíbrios fiscais no futuro. Para tanto, estão previstas revisões de gastos com benefícios previdenciários e seguro agrícola, com o objetivo de reduzir os gastos públicos e garantir a estabilidade econômica.

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