Montenegro, que assumiu o cargo em março, ressaltou que o governo de Portugal aguardará a definição da UE e da ONU sobre o assunto antes de avançar no reconhecimento do Estado palestino. Segundo ele, esse entendimento deve ser construído no âmbito multilateral, juntamente com os países europeus e a comunidade internacional.
Por outro lado, Sánchez reiterou o plano da Espanha de reconhecer o Estado palestino nos próximos meses, mesmo que seja de forma unilateral. Ele defende que a comunidade internacional precisa reconhecer a existência dos palestinos para poder ajudá-los.
Durante a coletiva em Madri, os dois líderes condenaram o ataque do Irã a Israel com drones e mísseis no último fim de semana e pediram um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Sánchez ressaltou a importância de buscar um caminho para a paz e evitar uma escalada bélica na região.
A Espanha, juntamente com Irlanda, Malta e Eslovênia, manifestou disposição para reconhecer a Palestina em um comunicado emitido durante uma cúpula da UE. Sánchez, em sua visita à Jordânia, Arábia Saudita e Catar, afirmou que a Espanha poderia reconhecer oficialmente o Estado palestino até o final de junho.
Diante das divergências entre Portugal e Espanha em relação ao reconhecimento do Estado palestino, a expectativa é de que a posição da UE e da ONU sobre o assunto seja determinante para avançar nessa questão diplomática. Enquanto isso, a pressão internacional por um cessar-fogo em Gaza continua.