O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes) informou que a proposta do governo federal previa um reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio alimentação, assistência pré-escolar e saúde suplementar. Diante disso, em uma reunião com a participação de 34 seções sindicais do setor, foi decidido por votação iniciar a greve, com 22 votos a favor, sete contrários e cinco abstenções.
Os professores estão reivindicando um reajuste de 22,71%, em três parcelas a serem pagas até 2026. Além disso, outras demandas presentes na pauta nacional unificada incluem a revogação de portarias do Ministério da Educação, como a que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico.
O Comando Nacional de Greve (CNG) será instalado em Brasília ainda hoje, seguido por uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir as mobilizações dos servidores técnico-administrativos. O movimento também participará da Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) a partir de amanhã.
Em resposta, o Ministério da Gestão afirmou que está aberto ao diálogo e se comprometeu a abrir mesas de negociação específicas para tratar das demandas dos servidores. Já existem mesas tratando de reajustes na educação e um grupo de trabalho foi criado para reestruturar o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação.
A pasta ressalta a importância do diálogo com os servidores e destaca que está empenhada em encontrar soluções favoráveis para ambas as partes, mas não comenta os processos de negociação ocorridos nas mesas específicas e temporárias. O impasse entre governo e professores deve continuar enquanto as negociações seguem em andamento.