Governo federal busca acordo com servidores da educação em greve por recomposição salarial e reestruturação de carreira.

Na última terça-feira (16), representantes do governo federal se reuniram com professores e servidores de universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia para discutir as demandas da categoria. Os servidores, que estão em greve, pedem principalmente a reestruturação de carreira e a recomposição salarial e orçamentária.

Durante uma audiência na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, o secretário-executivo-adjunto do Ministério da Educação (MEC), Gregório Durlo Grisa, afirmou que a carreira dos cargos técnico-administrativos em educação será reestruturada ainda neste governo. Ele destacou a importância de chegar a um acordo o mais rápido possível para que o projeto de reestruturação seja encaminhado ao Parlamento.

O secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, José Celso Cardoso Jr., acredita que a proposta apresentada pelo governo poderá encerrar a greve que afeta mais de 50 universidades e quase 80 institutos federais. No entanto, ele ressaltou que o processo de reconstrução da carreira dos servidores é complexo e não será concluído rapidamente devido às dificuldades legislativas.

Durante o debate na comissão, diversos deputados manifestaram apoio aos servidores em greve. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) destacou a justiça das reivindicações e pediu que a situação seja resolvida sem punir os servidores. Já a deputada Erika Kokay (PT-DF) defendeu a priorização dos investimentos em projetos nacionais e na inclusão da população brasileira.

Os representantes dos trabalhadores exigem a recomposição dos recursos ainda este ano, alegando que suas perdas salariais chegam a 40% desde 2013. O coordenador de Educação da Fasubra Sindical, Sandro Pimentel, espera que a reunião agendada para sexta-feira traga propostas concretas do governo e não seja apenas uma formalidade.

O presidente do Andes-Sindicato Nacional, Gustavo Seferian, ressaltou a necessidade de mais investimentos em salários e condições de trabalho dignas para os professores universitários. Ele enfatizou a importância de garantir qualidade no ensino e pesquisa, além de mais concursos para professores.

Diante dessas demandas, o governo espera chegar a um acordo com os servidores para encerrar a greve e avançar na reestruturação das carreiras técnico-administrativas em educação. A expectativa é de que a reunião agendada para sexta-feira (19) traga avanços significativos nesse sentido.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo