Essas projeções, de acordo com os especialistas, independem do nível de redução das emissões. No entanto, ressaltam que reduzir as emissões de gases de efeito estufa o mais rápido possível será crucial para evitar impactos econômicos ainda mais severos no futuro.
Segundo o estudo, as consequências da mudança climática serão ainda mais dramáticas até o final do século, com prejuízos chegando a dezenas de trilhões de dólares adicionais se o planeta ultrapassar o limite de aquecimento de 2º C. Atualmente, a temperatura média da superfície terrestre já subiu 1,2º C acima desse ponto de referência, resultando em eventos climáticos extremos como ondas de calor, secas, enchentes e tempestades tropicais.
Os países mais afetados por esses danos climáticos serão os tropicais, de acordo com o estudo. Eles devem sofrer uma perda de rendimento 60% maior do que países de renda mais alta e 40% superior àqueles com emissões mais elevadas. Além disso, esses países têm menos recursos para se adaptar aos impactos da mudança climática.
Os pesquisadores afirmam que as projeções se baseiam em dados econômicos e climáticos de 1.600 regiões, o que permite incluir danos ignorados em estudos anteriores, como chuvas extremas. Também ressaltam que as estimativas podem ser conservadoras e subestimar os custos dos impactos da mudança climática.
Diante desse cenário, os especialistas alertam que o investimento anual necessário para manter o aquecimento global abaixo dos 2º C, conforme o Acordo de Paris, é uma fração dos custos de não fazer nada. Reduzir a poluição por carbono e mitigar os impactos climáticos é crucial para garantir que o PIB global continue a crescer e que os prejuízos econômicos sejam minimizados. Ações urgentes são necessárias para lidar com os desafios colocados pela mudança climática e garantir um futuro mais sustentável para todos.
