Segundo informações divulgadas pelas autoridades, a polícia realizou buscas nas residências e locais de trabalho dos dois homens, que são suspeitos de estarem ligados a um serviço de inteligência estrangeiro em um caso descrito como “particularmente grave” de espionagem. Os acusados demonstraram predisposição para cometer ataques explosivos e incendiários, principalmente em infraestruturas militares e industriais na Alemanha, além de bases militares dos Estados Unidos localizadas no país.
A ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, elogiou o trabalho dos serviços de segurança, destacando que foi possível evitar possíveis ataques que prejudicariam a ajuda militar à Ucrânia. Ela classificou o caso como uma atividade de agentes vinculados ao regime do presidente russo Vladimir Putin e reafirmou o compromisso em frustrar tais planos de ameaça.
Dieter S., o principal acusado, teria identificado possíveis alvos para cometer atentados, incluindo instalações das Forças Armadas dos Estados Unidos no país. As autoridades judiciais apontaram que ele estava trocando informações com um contato ligado aos serviços de inteligência russos e explorando a possibilidade de sabotagem desde outubro de 2023. O outro suspeito, Alexander J., começou a auxiliar Dieter S. a partir de março de 2024.
Este episódio ocorre em um momento delicado para as relações entre a Alemanha, Rússia e Ucrânia, com a acusação de que agentes russos estariam agindo em solo alemão para minar o apoio militar à Ucrânia. A Alemanha tem sido palco de diversos casos de alegada espionagem em favor da Rússia desde a invasão do país vizinho em 2022. A detenção dos supostos espiões russos reforça o clima de tensão entre os países e a necessidade de vigilância constante para combater ameaças à segurança nacional.
