Apesar de esperar até o último momento para exercer o poder de veto, os americanos não conseguiram alterar a decisão. Antes da votação, os diplomatas dos EUA tentaram convencer outros países a rejeitar a resolução, sem sucesso. O veto foi mais uma demonstração do apoio dos EUA a Israel, e a posição oficial é de que a criação de um Estado palestino deve ocorrer por meio de negociações diretas entre as partes.
Atualmente, os palestinos possuem status de observador na ONU, conquistado em 2012, mas a busca por se tornar membro pleno continua. Apesar do veto dos EUA, o apoio à criação do Estado palestino tem crescido nos últimos meses, com Espanha, Irlanda e Noruega declarando disposição em reconhecê-lo.
O premiê espanhol, Pedro Sánchez, vem trabalhando nos bastidores para obter apoio dentro da União Europeia, enquanto o Reino Unido também sinaliza com a possibilidade de reconhecimento. O chanceler britânico, David Cameron, destacou que a criação da Palestina poderia acelerar o fim da guerra e tornar o processo de dois Estados irreversível.
Com a negativa dos EUA, o cenário geopolítico no Oriente Médio segue em constante evolução, com novas movimentações diplomáticas e especulações sobre o futuro do conflito israelo-palestino. A rejeição da resolução no Conselho de Segurança pode gerar novas tensões na região e influenciar as relações entre os países envolvidos.