O diretor-executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Carlos Barros, informou que o órgão dobrou o orçamento destinado à manutenção das rodovias, atingindo a marca de R$ 14 bilhões para este ano. Ele ressaltou a importância de um programa de manutenção mínima das rodovias, com um custo médio de R$ 200 mil a R$ 250 mil por quilômetro/ano.
Já Allan Machado, diretor de Obras Públicas do Ministério dos Transportes, destacou os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e relatou que em 2023 houve um aumento nos investimentos. No entanto, ele ressaltou que foi necessário aguardar o reaquecimento da cadeia produtiva para poder adquirir os materiais necessários.
Para este ano, estão previstos 13 leilões de concessões rodoviárias e a revisão de 14 contratos existentes, além do lançamento da política nacional de ferrovias. Carlos Barros também destacou a importância dos corredores de escoamento da safra, buscando atingir 80% de boas condições nos acessos aos portos das regiões Sul e Sudeste, e 90% no acesso Norte.
No entanto, apesar dos investimentos anunciados, Elisângela Lopes, assessora da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, ressaltou que o custo do frete no país ainda é maior do que em outros grandes produtores de grãos, como a Argentina e os Estados Unidos. Além disso, a capacidade de armazenagem é consideravelmente baixa em relação à produção.
Outro ponto abordado durante a audiência foi a demora na conclusão de ferrovias. Davi Barreto, diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportes Ferroviários, destacou a defasagem da malha ferroviária brasileira em comparação com outros países, como a Rússia e a China. Em relação aos portos, o secretário do Ministério de Portos e Aeroportos, Alex Sandro de Ávila, anunciou a realização de 16 leilões de concessões ainda este ano, assim como a análise de autorização para implantação de 100 portos privados.
Por fim, fica evidente a necessidade de melhorias na infraestrutura de transporte no Brasil para acompanhar o ritmo da produção agrícola e garantir a eficiência no escoamento da safra. A expectativa é que os investimentos anunciados tragam avanços significativos nesse setor tão fundamental para o desenvolvimento do país.
