Venezuela protesta contra retomada de sanções dos EUA ao petróleo venezuelano e acusa violação de acordos no Catar.

Em meio a uma série de tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, o país sul-americano protestou veementemente contra a retomada das sanções americanas ao petróleo venezuelano. O chanceler Yván Gil acusou os EUA de “violar” os acordos assinados entre os dois países no Catar, onde discutiram temas bilaterais, incluindo garantias para as eleições presidenciais marcadas para 28 de julho.

Segundo o comunicado lido por Gil, a Venezuela rejeita a intenção dos EUA de monitorar, proteger, controlar e manipular a indústria petrolífera venezuelana através de suas medidas coercitivas. Esta declaração veio em resposta ao anúncio dos EUA de encerrar a flexibilização das sanções que permitiam a produção e venda de petróleo e gás da Venezuela.

O Departamento do Tesouro americano estabeleceu um prazo para a liquidação de transações pendentes até 31 de maio, além de permitir que empresas que desejam trabalhar com a Venezuela solicitem licenças específicas. A medida foi uma resposta ao que os EUA chamaram de “assédio” eleitoral contra a oposição na organização das eleições presidenciais, onde o presidente Nicolás Maduro buscará um terceiro mandato de seis anos.

Gil também destacou que os EUA consumaram a violação dos compromissos firmados sob a mediação do Catar, que previam a eliminação das sanções no momento da convocação das eleições. Além disso, o chanceler afirmou que a decisão americana prejudicará não apenas a Venezuela, mas também as relações bilaterais, o mercado energético internacional e os próprios investimentos americanos na indústria petrolífera venezuelana.

A Venezuela tem sido alvo constante de sanções americanas, que têm causado impactos significativos na economia do país. A tensão entre os dois países parece longe de se dissipar, e a questão do petróleo venezuelano continua sendo centro de disputas e polêmicas entre as nações. Agora, resta aguardar para ver como essa situação se desdobrará nos próximos meses.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo