Eleição geral no Panamá agitada por Ricardo Martinelli, favorito à Presidência em meio à corrupção e panorama sombrio.

O processo eleitoral no Panamá tem sido marcado pela agitação e controvérsia em torno do ex-presidente Ricardo Martinelli, que tem seu pupilo como favorito na corrida presidencial. Neste domingo (5), os panamenhos foram às urnas para escolher o novo líder de um país marcado pela corrupção e por desafios econômicos e sociais.

Desde cedo, filas se formaram nos centros de votação, que abriram às 7h, com o hasteamento da bandeira do Panamá pelo Tribunal Eleitoral. Oito candidatos estão na disputa, mas o destaque fica para José Raúl Mulino, candidato do partido Realizando Metas, fundado por Martinelli, que lidera as pesquisas com cerca de 20 pontos de vantagem sobre seus rivais.

Mulino, um advogado de direita de 64 anos, assumiu a candidatura após Martinelli ser impedido de concorrer por uma condenação por lavagem de dinheiro. Ele planeja visitar o ex-presidente na embaixada da Nicarágua, onde este pediu asilo devido à sua iminente captura. A candidatura de Mulino foi contestada, mas o Supremo Tribunal de Justiça autorizou sua participação nas eleições.

Além da eleição presidencial, os panamenhos também estão escolhendo 71 deputados e governos locais. O próximo presidente será eleito por maioria simples, e as urnas serão fechadas às 16h.

Os candidatos apresentaram planos de governo semelhantes, com foco na geração de empregos, dinamismo econômico e reformas constitucionais contra a corrupção. Apesar do desgaste causado por escândalos de corrupção, Martinelli mantém popularidade, o que gera preocupação quanto ao triunfo da impunidade.

A expectativa é que o novo governo continue o boom econômico impulsionado por obras de infraestrutura durante o mandato de Martinelli. A eleição presidencial no Panamá está sendo acompanhada de perto, pois terá impacto não apenas no país, mas também na região.

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