Além disso, para o ano de 2024, o governo já havia formalizado uma proposta para todos os servidores federais, que inclui um aumento no auxílio-alimentação, passando de R$ 658 para R$ 1 mil, um acréscimo de 51% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar (auxílio-saúde) e no auxílio-creche, que subiria de R$ 321 para R$ 484,90.
Segundo o Ministério, levando em consideração o aumento nos benefícios e o reajuste de 9% concedido no ano anterior, juntamente com a proposta feita na última sexta-feira, os técnicos terão um reajuste médio global de mais de 20% para a carreira. A proposta também inclui a verticalização das carreiras, com uma matriz única com 19 padrões, a diminuição do interstício da progressão por mérito de 18 para 12 meses, e a mudança no tempo decorrido até o topo das carreiras, que passa a ser de 18 anos.
Entretanto, os servidores técnico-administrativos da área de educação classificaram a proposta como “irrisória e decepcionante”. O Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) destacou que as negociações pela manhã foram dedicadas à carreira dos técnicos, enquanto a tarde seria reservada para discutir a carreira dos docentes.
Os servidores reivindicam uma recomposição salarial de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, além da reestruturação das carreiras e a revogação de normas prejudiciais à educação federal. O Sinasefe ressaltou que a greve continuará, pois a proposta do governo não recompõe salários nem reestrutura as carreiras adequadamente. A oficialização da decisão dos servidores será feita após consulta às assembleias locais e apresentação durante a plenária nacional.