Investigadores do Ministério Público são sequestrados por dissidentes das Farc no sudoeste da Colômbia, informam autoridades.

Dois investigadores do Ministério Público da Colômbia foram vítimas de sequestro no sudoeste do país. O Estado-Maior Central (EMC), considerada a maior facção das dissidências das Farc que rejeitaram o acordo de paz de 2016, assumiu a autoria do sequestro. As autoridades locais confirmaram que os funcionários foram sequestrados juntamente com uma acompanhante na zona rural do município de Santander de Quilichao, situado no departamento de Cauca.

De acordo com os dissidentes, os investigadores teriam sido surpreendidos em um posto de controle e registro, onde foram encontradas duas armas carregadas e dispositivos eletrônicos para colher informações. A facção também afirmou que os reféns estão em boas condições e manifestou a esperança de que, por meio de órgãos internacionais, sejam geradas as condições necessárias para a libertação dos sequestrados.

O Ministério Público condenou veementemente a retenção dos funcionários e solicitou respeito à vida e integridade das vítimas. Enquanto isso, o governo de Gustavo Petro tem enfrentado desafios na tentativa de renegociar a paz com os dissidentes, com uma série de ataques contra civis e forças públicas que minaram a paciência do presidente.

Os diálogos entre o governo e as dissidências têm passado por dificuldades, especialmente após o decreto de fim do cessar-fogo bilateral em três departamentos do sudoeste do país. O assassinato de uma líder indígena por parte dos rebeldes resultou nessa decisão. Com uma estimativa de cerca de 3.500 combatentes, a força do EMC é financiada pelo narcotráfico e pela mineração ilegal.

Diante desse cenário, a situação dos sequestrados permanece incerta, com a comunidade internacional aguardando por novos desdobramentos que possam garantir a segurança e a libertação dos investigadores retidos pelo EMC.

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