Diante da aprovação das medidas propostas pelo governo, incluindo a extradição de equatorianos e o aumento de punições para crimes como terrorismo e tráfico de drogas, o presidente Noboa agradeceu o respaldo da população e destacou a importância das medidas para a segurança e o combate à corrupção.
No entanto, a oposição, representada pelo partido Revolução Cidadã, argumenta que as mudanças propostas poderiam ser realizadas no âmbito do Parlamento, sem a necessidade de um referendo. Além disso, criticam a tentativa do governo de fragilizar a legislação trabalhista e permitir que fóruns internacionais julguem questões de interesse das empresas estrangeiras no Equador.
O resultado do referendo mostrou que a população equatoriana rejeitou, com mais de 65% dos votos contrários, tanto a arbitragem internacional quanto a possibilidade de contratos de trabalho por prazo fixo e por hora. A socióloga equatoriana Irene León destacou que a população entendeu que a arbitragem internacional não traz benefícios ao país e que as propostas poderiam prejudicar os direitos dos trabalhadores.
Apesar da vitória parcial do governo, a oposição e analistas como Irene León apontam que o referendo pode aumentar a militarização da sociedade, permitir maior controle dos Estados Unidos sobre a política interna equatoriana e não abordar questões fundamentais para o combate ao narcotráfico, como o sistema financeiro e o setor exportador.
Portanto, apesar da aprovação da maioria das medidas propostas, o referendo revelou divergências e preocupações em relação aos rumos políticos e sociais do Equador sob o governo de Daniel Noboa.